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19 agosto, 2013

Diretor da Quinzena: Woody Allen

19 agosto, 2013
 Hoje vou estrear uma sessão aqui no blog que vim preparando a algum tempo. Não sei se vocês sabem, mas eu faço o curso de Radio e TV e aprendo bastante sobre Cinema, não entrei na faculdade exatamente interessada nisso, mas depois de ter algumas aulas sobre o assunto não tive como não me afeiçoar à sétima arte mais um pouquinho. Sempre gostei de cinema, quem não gosta? Mas nunca fui o tipo de pessoa cult, assistia o que chegava até mim, nunca fui de procurar filmes diferentes pra ver, sempre curti os clichês hollywoodianos que quando terminam te deixam aquela sensação de "ainda bem que depois de tanta emoção tudo deu certo" , eu curto esse escapismo momentâneo que esse tipo de cinema introduz na nossa vida. Mas então percebi que havia muitos filmes importantes faltando na minha lista e que eu tinha que correr atrás do prejuízo, conhecer mais sobre os assuntos que vão me tornar uma boa profissional, e conhecimento nunca é demais né?

Por esse motivo resolvi estrear essa tag, que pode parecer boba para os cinéfilos, mas pra mim que ainda estou aprendendo e tenho consciência completa disso, vai ser um bom exercício. A tag vai funcionar assim: a cada quinzena vou escolher um diretor de cinema importante e/ou famoso e assistir alguns filmes e fazer pequenas resenhas aqui, contando o que EU achei sobre cada filme, lembrando que estou no meu primeiro ano de Radio e TV e meus comentários ainda não tem base teórica , não sou crítica de cinema nem nada, então vou dar só minha opinião sobre o assunto.

Espero que essa sessão inspire vocês a assistir alguns filmes legais e que são importantes na formação de uma opinião e conhecimento de mundo, assim como eu me inspirei por causa da faculdade.

Woody Allen nasceu em Nova York no dia 1º de dezembro de 1935, ganhou diversos prêmios com seus filmes não só dirigindo, mas também escrevendo os roteiros e muitas vezes atuando e possui um estilo bem característico que imprime à seus filmes.

Noivo Neurótico Noiva Nervosa








Woody allen fez desse filme uma comédia romântica que serviu como referência para todas que vieram depois, cheia de altos e baixos muito gostosos de assistir. Com ela, angariou quatro Oscars: melhor filme, roteiro e direção, além de melhor intérprete para Diane Keaton. Nesse filme passamos um bom tempo viajando pela vida amorosa de Alvy Singer, interpretado pelo próprio Woody Allen, um cara bem neurótico e inseguro. Ele conta diretamente para o espectador alguns acontecimentos de sua vida, nos apresenta suas ex-mulheres, e principalmente nos apresenta à Annie Hall (título original do longa), tudo numa narrativa não-linear. Alvy tenta encontrar respostas para compreender por que o seu relacionamento com Annie não deu certo mostrando pra gente a fragilidade das relações, as diferenças entre cada pessoa que muitas vezes simplesmente não dão certo juntas. Apesar disso seus momentos com Annie trazem muitas lembranças boas para Alvy que faz tentativas frustradas de revive-los com outras mulheres. Destaque para a cena onde Alvy e Annie estão na fila de cinema, e um cara atrás deles, faz comentários errôneos sobre as teorias de Marshall McLuhan , um grande teórico da comunicação (tive que ler um texto dele para trabalho da faculdade hahaha), então Alvy afirma que ele está errado e inesperadamente puxa o próprio McLuhan de trás de um poster para comprovar que o carinha na fila estava falando um monte de besteiras hahaha. Acho que o maior entendimento que absorvi do longa, foi que apesar dos defeitos que cada um tem, que as vezes complicam ou até impedem a convivência, cada pessoa é capaz de proporcionar momentos únicos. Talvez o amor não esteja nas qualidades, nem nos defeitos, e sim nos momentos que alguém é capaz de proporcionar.








Radio Days

O Filme retrata de modo divertido, usando diálogos inteligentes, as décadas de 30 e 40 na perspectiva de um garoto judeu membro de uma família cheia de personagens característicos e engraçados , com o cotidiano ligado à programação de radio. O garoto, chamado Joe, conta suas lembranças infantis de modo que o enredo fica bem costurado porém sem um sequência cronológica exata, narrando acontecimentos que ele se recorda graças a presença do radio em sua vida. O filme ambienta muito bem a época , os costumes e principalmente a programação radiofônica muito presente na vida das pessoas, mostrando os programas que eram ouvidos pela família e partes da vida dos artistas que produziam tais programas. O filme mostra o sucesso da cantora brasileira Carmem Miranda nos Estados Unidos na época, mostra quando vai ao ar o programa de Orson Welles inspirado no livro A Guerra dos Mundos (Orson simula em seu programa que o planeta terra está sendo invadido por marcianos, usando entrevistas e vários recursos radiofônicos que adicionaram muita realidade nessa brinks) e o burburio que causou na sociedade americana enquanto estava no ar (muita gente realmente acreditou que a terra estava sendo invadida) o filme mostra novamente de modo muito divertido a reação das pessoas no momento que ouviram essa "notícia". O mais interessante é como o diretor conecta todos os acontecimentos da vida do menino ao que paralelamente acontecia no radio, ressaltando a presença desse meio de comunicação no cotidiano, a inserção dele na família, o modo com o qual unia os vários familiares de Joe ao redor do aparelho e sua importância para todos na época a ponto de conectar lembranças da infância diretamente à músicas e programas do radio. 







Tudo pode dar certo

Novamente nesse filme Woody Allen quebra a quarta dimensão do cinema, logo na primeira cena onde o personagem principal Boris, se dirige a quem o está assistindo. Boris se dispõe então, de má vontade, a contar sua história. Podemos perceber que ele é um tiozinho com a idade já pelas tantas, ranzinza, inteligente, sarcástico, impaciente, que acredita que não há sentido na vida, ele já quase ganhou o prêmio nobel, e dava aulas sobre a Teoria das Cordas. Em algumas características esse personagem me lembrou muito outros interpretados pelo próprio Woody Allen em seus filmes, o que faz a gente perceber um tipo característico em suas obras, que provavelmente muito tem a ver com a personalidade do diretor. Depois de romper um casamento com uma mulher escolhida a dedo por ele, bonita, com mesmos interesses e QI quase tão alto quanto o dele, Boris acaba abrigando em sua casa um mocinha chamada Melody vinda do Mississipi, que fugiu da casa dos pais. Melody usa inúmeros clichês, não entende sarcasmos, mal frequentou a escola para poder participar de vários concursos de beleza, está alegre quase o tempo todo, e acredita piamente na genialidade de Boris. O que o leva a  perder a paciência com a menina inúmeras vezes. Até que ela confessa estar apaixonada por ele, que de imediato rejeita a ideia, mas depois acaba se encantando pela moça. O filme tem muitos diálogos interessantes e inteligentes , o que torna ele engraçadinho, assim como outros filmes do Woody Allen que tem esse humor característico, apesar de não ir ao encontro do meu gosto pessoal.













Meia Noite em Paris

Comecei o filme me questionando que tipo de mulher odiaria a possibilidade de largar tudo e se mudar pra Paris com o cara que ama, pois é, a chata da noiva do protagonista do filme odiaria. O personagem principal, Gil Pender, é fascinado pelos anos 20 e escreve scripts para Hollywood mas anseia se aventurar na literatura, e acha a cidade luz muito propícia para adquirir inspiração. Sua futura mulher, além de chata, obriga Gil a fazer passeios turísticos junto com um casal de amigos seus, onde fica bajulando seu amigo metido a sabe tudo (me lembrou muito um cara da minha sala na faculdade haha). Até ai, uma história ordinária, mas certa noite Gil se perde enquanto anda pelas ruas de Paris e é convidado por um grupo de jovens a passear pela cidade em um carro antigo. Ele é levado até uma festa, onde todos usam roupas no estilo dos anos 20, e lá ele acaba conhecendo seus ídolos da escrita, da pintura e da música que viveram no período. A partir dessa noite, todo dia após as 12 badaladas, Gil se encaminha para a Paris nos Anos 20, ganhando inspiração para escrever seu livro, conhecendo seus ídolos e se apaixonando. A fotografia do filme é maravilhosa, não tem como não assistir sem ficar com vontade de ir para Paris.



Ainda tinha planejado assistir Manhattan e Vicki Christina Barcelona, mas tenho que confessar que o estilo o diretor não me agradou muito, mas vou explicar: não sou muito fã de romances engraçadinhos, na verdade não sou muito fã de romances no geral. Achei todos os filmes que assisti meio boring, não causou emoção nem comoção pra mim.  Posso dizer que todos seus filmes tem uma carinha bem parecida, um mesmo tipo de humor irônico, e até personagens típicos, e um assunto muito recorrente: as relações afetivas. Vale a pena assistir pelos roteiros repletos de diálogos inteligentes e críticos e pela quebra de expectativa quando muitas vezes esse diálogo é com você mesmo que está assistindo.


2 comentários:

  1. Amei conhecer um pouco mais sobre o Woody Allen.
    Uma vez li um livro de crônicas em que a autora fala muito nele. E esse nome acabou ficando guardado na memoria -rs.
    Acho que agora deve assistir a um filme dele, né?

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